terça-feira, 22 de agosto de 2017











BMW






A ESTRADEIRA DE PRIMEIRA CLASSE...



É sempre um privilégio podermos testar uma moto com motor de 6 cilindros, neste caso a BMW K 1600GT , uma moto fora de série,  uma excelente Tourer mas com caráter esportivo, cômoda, fácil de pilotar, sofisticada e extremamente rápida… supreendentemente rápida e eficiente considerando os seus mais de 300 kilos de peso.
A versão que a BMW Motorrad Portugal nos disponibilizou vem numa pintura especial em azul, esteticamente muito apelativa e a realçar as linhas desportivas da GT. Bela sem dúvida e a sua imponência não deixa ninguém indiferente.
Mas aquilo que à partida nos atrai é mesmo o seu motor ser um 6 cilindros… e ser comparada como uma esportiva já que a sua “irmã” GTL é totalmente uma Tourer, luxuosa e confortável, para se realizarem longas viagens em modo passeio.
Por isso é com alguma curiosidade e entusiasmo que partimos para este ensaio.


Assim que nos sentamos na GT são de imediato sentidos os seus 300 Kg mas assim que começamos a rodar a GT parece “emagrecer” de imediato e revela-se uma moto bastante ágil e equilibrada. Nos primeiros Kms desfrutamos da suavidade do seu motor e do conforto que nos proporciona todo o conjunto, sobretudo as suspensões eletrônicas que regulamos previamente para o modo Dynamic, modo que analisa constantemente uma série de informação e regula a moto para o seu melhor desempenho, e vamos rodando esquecendo totalmente que existe um lado “GT”.
Na primeira ultrapassagem, já em auto-estrada, damo-nos conta que ao dar gás em sexta velocidade a GT sai disparada com uma energia inesperada e aí realizamos que esta moto tem muito mais para dar e para nos fazer vibrar. Paramos num posto e o frentista pergunta que modelo é ? ao que eu respondi “veja lá se não será classe 2”… e ambos rimos. Explico-lhe que é uma  BMW GT 1.600 com 160 CV e 300 Kg de peso e o homem pasmado… e digo-lhe “quer ver?” e arranco a dar gás com mais convicção e para mostrar os atributos da GT de que acabava de comentar.


A partir de aí que percebi o significado das letras “GT” na sua carenagem. O seis cilindros quando “alimentado” com vigor e determinação ruge quase como um Maserati de 12 cilindros… Impressionante mesmo e de tal forma se torna viciante o ouvir do rugido da GT que passa ser quase obrigatório acrescentar essa sensação sempre que arrancamos com estrada livre à nossa frente. Brutal e viciante mesmo. A partir de aí começamos a explorar mais o “outro lado” da GT e a testarmos os seus limites de uma forma mais agressiva.


A K1600GT está vem cheia de atributos eletrônicos para facilitar a sua condução. O vidro elétrico funciona na perfeição e em andamento, subindo e descendo com o acionamento de um botão no punho do lado esquerdo. A partir dos 130 Kmh não começa a não fazer muito sentido mantê-lo na posição mais alta já que começa a provocar turbulência estranha nas nossas costas e sobretudo para o pendura, por isso a rodar rápido mais vale colocá-lo a meia altura. Já na posição mais baixa deixa-nos com uma agradável e simpática brisa que a baixa velocidade e com o tempo quente nos sabe muito bem.



A K 1600GT monta “quickshift” nos dois sentido e de origem com caixa de 6 velocidades. Não sei exatamente o porquê mas a caixa pareceu-me algo “clunky” ou seja pouco suave e precisa o que tendo em conta a sofisticação deste modelo não tem justificação. Outras BMWs anteriormente testadas nomeadamente a recente S1000R, que também monta “quickshift” de origem, era de uma suavidade surpreendente. Algo que gostei foi a progressividade da atuação da embreagem, ou seja parece que a aceleração e o controle da embreagem é feito automaticamente para garantir que em função da velocidade engrenada e da inclinação ou resistência da moto a suavidade no arranque é sempre garantida e assegurada.
Na nossa mão esquerda temos acesso a uma quantidade de funções interminável. Cruise control, Modo de motor, modo de suspensão, piscas, controle do GPS, controle das luzes, Trips vários, buzina, piscas, punhos e bancos aquecidos, seleção de frequências no rádio e volume do mesmo… há que ler o manual e irmo-nos familiarizando com o sistema e não querer de início fazer tudo pois há que manter os olhos na estrada.




E chegamos finalmente ao coração desta fantástica GT, um motor com 1.649cc, 6 cilindros e 160CV que em conjunto com um torque hiper musculado de 175Nm às 6.500rpm conferem a esta BMW uma alma de enorme pujança ao ponto de se arrancar em 5 velocidade sem “espiga” nem soluço… mas o melhor está para vir pois precisamente a meio da rotação onde se situa o torque máximo o 6 cilindros revela a sua verdadeira alma… tipo Dr. Jekyl and Mr. Hide, o som que sai dos escapes 3 em 1 de cada lado da GT é simplesmente magnífico, como se de um 12 cilindros se tratasse, e a GT dispara com um poder de aceleração tipo “dragster”… impressionante mesmo, há que experimentar para acreditar chega a ser assustador e algo viciante, como já referimos antes.


Pedro Rocha, direto de Portugal


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