OPEL
É MINI SUV OU SUV...
Monovolume ou SUV?
Aqui está o substituto do Meriva, um carro ao gosto do mercado, ou seja, um SUV, perdão, crossover. Mas, olhando bem para este Crossland X, para as suas características e para o fato do Mokka X continuar ao seu lado, não é mais que evidente que este é um monovolume compacto travestido de SUV? Lá está, um crossover.
Construído sobre a nova plataforma do grupo PSA (algo que estava já acertado antes da compra do grupo Opel pelo grupo PSA), o Crossland X não tem capacidade para oferecer tração integral, é menor que o Mokka X (exatamente 63 mm) mas exibe maior espaço interior e maior versatilidade. Então, porque razão a Opel vende dois carros no mesmo segmento? Ainda por cima, o Mokka X paga classe 2 nas portagens e este Crossland X paga classe 1.
A razão é simples: são dois carros diferentes e com alvos distintos. Aqui a Opel exibe a estratégia de “atirar a tudo o que mexa”. Ou seja, primeiro satisfazer os que querem, mesmo, um SUV até com tração integral, que sempre pagaram Classe 2 nas portagens e que adoram o estilo meio musculado do Mokka (o carro é realmente giro!). Depois, satisfazer os que gostam de estar na moda, aqueles que não têm condições financeiras de ir buscar um modelo do segmento acima e para quem pagar Classe 2 nas portagens é ultrajante e, finalmente, os que dizem, fervorosamente, quererem um SUV, mas depois choram escondido pelo seu monovolume compacto.
Utilizando os motores do grupo PSA, seria lógico pensar no motor 1.2 litros a gasolina como o melhor para o Crossland X. Mas as raízes de monovolume ainda lá estão e o motor diesel acabará por ser a opção da maioria. O bloco do grupo PSA com 1.6 litros na versão de 100 CV, aqui no Crossland X com 99 CV (preciosismos…) é suave e, como se sabe. Se na cidade acompanha bem as necessidades do tráfego urbano, saindo do asfalto as coisas se complicam-se. Apesar de ser muito progressivo e linear, o motor do Crossland X nunca se mostra arisco ou com capacidade para nos surpreender e os níveis de performance confirmam essa impressão. Usar a caixa de cinco velocidades, escalonada de acordo com as características do motor, é essencial, apesar de um funcionamento por vezes vago. Boa surpresa reside nos consumos, baixos, a rondar os cinco litros por cada quilômetros, sem preocupações de poupar.
FICHA TÉCNICA
Motor
Tipo – 4 cilindros em linha, injeção direta, turbodiesel
Cilindrada (cm3) – 1560
Diâmetro x curso (mm) – 75 x 88,3
Taxa de compressão – 17,0:1
Potência máxima (cv/rpm) – 99/3750
Torque máximo (Nm/rpm) – 254/1750
Transmissão e direção – Tracção dianteira, caixa manual de 5 velocidades; direção de pinhão e cremalheira, com assistência elétrica.
Suspensão (fr/tr) – Tipo McPherson/independente multibraços
Desempenho e consumo
Aceleração 0-100 km/h (s) – 11,6
Velocidade máxima (km/h) – 180
Consumos Extra-urb./urbano/misto (km/l) – 3,5/4,5/3,9
Emissões de CO2 (km/g) – 102
Dimensões e peso
Comp./largura/altura (mm) – 4212/1765/1605
Distância entre eixos (mm) – 2604
Largura (fr/tr) (mm) – 1513/1591
Freios (fr/tr) – Discos ventilados/discos
Peso (kg) – 1426
Capacidade do bagageiro (l) – 410-1255
Depósito de combustível (l) – 45
Pneus – 195/60 R16
Preço (€) – 24.180
V. R., de portugal
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