TRIUMPH
TRIPLE FORCE, MAXI EMOTION...
A Triumph com o lançamento da sua nova Street Triple desdobrou a sua linha em 3 modelos com diferentes características técnicas. A versão S, mais simples, com menos electrónica e com 113cv, a R com 118cv e a RS, e a top com 123cv. É esta última que tivemos a oportunidade de testar.
A RS destaca-se das suas irmãs por ter 5 modos de condução, Rain, Road, Sport, Track e Rider, este último permite ao condutor personalizar toda a eletrônica da moto ao seu gosto. A RS inclui ainda ABS da Continental que pode ser desligado, Controle de tração que também pode ser desligado, caixa de velocidades com “quick-shift” só num sentido, nas reduções ainda somos obrigados a utilizar a embreagem e esta última incorpora um sistema anti-deslizante.
Primeiro Contato
Nas instalações da Triumph em Lisboa esperava-nos a tão ansiosos pela RS na sua versão negra. Grande impacto visual e um equilíbrio das suas linhas apesar da agressividade do seu design. A RS cedida vinha com ''baquet'' monolugar que acentua ainda mais o visual esportivo. Belíssima a RS, sem dúvida e um upgrade sobre a anterior 675.
Após uma breve introdução sobre a seleção dos vários modos eletrônicos e funções disponíveis, algo que se aprende mais rapidamente à medida que vamos utilizando a moto, arrancamos o fantástico motor de 3 cilindros e 123cv. O ruído do escape pareceu-nos algo silenciado até percebermos que ao subir de regime do tricilíndrico, a RS mostra um rugir de verdadeiro “leão”. A partir das 6.000rpm a deixar bem claro qual o verdadeiro temperamento desta Triumph.
O novo motor de 765cc é uma evolução clara do anterior, mais cilindrada e mais potência e agora de acordo com a norma Euro 4. No seu desenvolvimento foram realizadas uma série de alterações e introduzidas novas peças que melhoraram por completo o desempenho desta nova unidade.
A ciclística da RS é perfeita e a moto coloca-se em curva quase de forma automática e sem esforço mantendo um comportamento absolutamente neutro mesmo a alta velocidade. Os freios Brembo são excelentes e de uma efetividade total, a melhor que existe. A combinação de suspensão Kayaba à frente e Ohlins atrás parece resultar em pleno e o seu desempenho é perfeito, incluindo o piso irregular e a dotar a RS de um conforto invulgar numa moto de característica essencialmente esportiva.
Gostei da suavidade de caixa e do funcionamento do sistema semi-automático da mesma, preciso e efetivo, no aumento de velocidades. Não senti falta do “quick-shift” não funcionar nas reduções pois sempre usei a embreagem para o efeito, dosando a mesma em função do regime, embora neste caso, com embreagem deslizante, essa realidade esteja superada. Um hábito “old school” que com esta RS até é bem vindo. No entanto sentimos falta do acionamento hidráulico da embreagem e o cabo da mesma está colocado numa posição estranha com uma peça que o tenta fazer derivar mas que o mantém sobre a ignição. Um único ponto a ser revisto.
E agora ? tenho que devolver a bike…
A experiência foi curta e a deixar-nos de “água na boca”. A Street Triple RS é uma daquelas motos que gostaríamos de ter sempre na nossa garagem e que nos convida constantemente a sair. E todas as ocasiões são boas para o fazer já que a RS tem atributos de sobra para transformar cada saída numa experiência única.
MOTOR
Tipo | Arrefecimento a líquido, 12 válvulas, DOHC, 3 cilindros em linha |
Cilindrada | 765 cc |
Bore Stroke | 77,99 mm / 53,38 mm |
Compression | 12,65:1 |
Potência | 123 PS (90,4 kW) a 11.700 rpm 77 Nm a 10.800 rpm |
Torque máximo | 77 Nm @ 10.800 rpm |
Sistema | Injeção eletrônica sequencial multiponto de combustível com SAI. Controle de acelerador eletrônico |
Escape | Sistema de escape 3 em 1 em aço inoxidável com silenciador unilateral baixo em aço inoxidável |
Transmissão | Corrente com anel O-ring |
Embreagem | Úmida, multidisco, deslizante |
Caixa de velocidades | 6 velocidades |
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